Tentei encontrar uma imagem chocante para ilustrar este post; espero ter conseguido. Desperdiçar recursos com a não Qualidade é isso mesmo: fazer aviõezinhos de papel com o dinheiro e atirá-los pela janela.
Agora, a pergunta inevitável: quanto custa a Qualidade? Antes de iniciar a discussão sobre este tema, vamos clarificar a linguagem: o conceito de custo da Qualidade está associado ao custo da má Qualidade.
O custo da Qualidade é a diferença entre o custo atual do produto/serviço e o custo (inferior) que o mesmo teria, se não existissem defeitos e falhas. Agora, o aviãozinho acima começa a fazer sentido. Todo o sentido.
É a não Qualidade que custa caro e, sendo assim, é assustador saber que muitas empresas trabalham sem conhecer o valor destes custos. Recordo que não é possível melhorar o que não é possível medir. Reduzir os custos da não Qualidade, requer a medição dos mesmos. A partir daí, poderão ser definidos projetos de melhoria, com base nestes dados.
Bem, outras abordagens são consideradas adequadas, como por exemplo, expandir o sistema contabilísitico das empresas para quantificar estes dados; divulgar os custos para que os colaboradores estejam conscientes e atentos aos desperdícios; estruturar um processo de melhoria para orientar a ação, sistematizando a redução dos custos da não Qualidade.
Aquela nossa velha conhecida, a abordagem preventiva da Qualidade, também é determinante neste cenário; os custos da não Qualidade aumentam significativamente ao longo do ciclo de produção/prestação do serviço: corrigir um defeito num produto que já se encontra no mercado e já pode ter tido consequências para os clientes (envolvendo, por exemplo, reclamações, recall), é muito mais caro do que prevenir/corrigir problemas durante a fase de projeto.
Todo o investimento realizado com o objetivo de prevenir erros, falhas e defeitos, será bem-vindo. A formação dos colaboradores, a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade e a utilização de técnicas estatísiticas para o controlo dos processos, são bons exemplos disto. Não são um gasto, não são um custo; são um investimento voluntário na prevenção.
Vamos continuar a discussão sobre os custos da não Qualidade em futuros posts. Enquanto isto, aproveite para começar a reflexão na sua empresa:
- Existem dados sobre os custos da não Qualidade?
- O Responsável pela Qualidade mantém estreito contacto com a Direção e a prevenção é a preocupação fundamental?
- A prevenção é considerada um bom investimento ou um custo adicional?
Happy costs,
I Love Mondays
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4 comentários:
excelente!
Excelente post
olá
eu trocaria o título da materia por.....sem qualidade quanto custa?? e tenha certeza que custa muito.
alias nao ha mais como como uma organizaçao querer ficar fora da qualidade e ter sucesso, incrementar suas vendas, ter colaboradores engajados e perpetuar o negocio entre alguns dos beneficios que podemos referenciar. Abraços Isabel Ramán
É verdade, Isabel, concordo que "Sem Qualidade, Quanto Custa?" seria um bom título para este post. Escolhi "Qualidade. Quanto Custa?" porque é o que eu ouço nas empresas, a questão (errada, a meu ver) é sempre "Quanto me vai custar o SGQ?" e, realmente, a preocupação deveria ser quanto a não Qualidade vai custar à empresa e que investimentos é possível fazer para prevenir os problemas. Abraços, Mari.
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