Para que o pensamento baseado no risco seja consolidado na Empresa, permitindo estabelecer uma cultura proativa de prevenção e melhoria, é necessário envolver os colaboradores. Todos os colaboradores.
É importante sensibilizar as pessoas para a existência de riscos associados a toda e qualquer atividade desenvolvida. Assim, a melhor alternativa será tornar a prevenção um hábito!
Promover o pensamento baseado no risco em toda a Organização tem inúmeras vantagens, tais como integrar a ação preventiva no planeamento estratégico e considerar os riscos na abordagem por processos.
Promover o pensamento baseado no risco em toda a Organização tem inúmeras vantagens, tais como integrar a ação preventiva no planeamento estratégico e considerar os riscos na abordagem por processos.
Para fomentar a identificação e a consciência sobre os riscos operacionais, nada melhor do que um Jogo Pedagógico; divertido e eficaz, tornou estas sessões de formação muito mais esclarecedoras. Foram 12 sessões, num total de 200 formandos, abrangendo toda a Empresa: operadores, administrativos, chefias...
Partilho, então, esta experiência: tudo começou com um exercício em equipas, no qual os formandos identificaram um processo e os respetivos inputs, outputs, atividades, responsabilidades, recursos e documentos associados.
Utilizando e adaptando o tradicional jogo Jenga, foi construída a "torre", para representar o processo.
A "torre" construída: este é o nosso processo.
A partir daí, cada equipa iniciou a identificação das "incertezas", tendo em mente o conceito de risco, que é "o efeito da incerteza nos objetivos". Para facilitar o exercício, foi utilizada a seguinte questão, relativamente a cada atividade do processo, aos inputs e aos outputs também:
O que pode correr mal?
Este brainstorming resultou numa lista de situações, potenciais eventos, que podem acontecer, que podem não acontecer, potenciais não conformidades,...
Solicitei que as equipas debatessem cada risco, decidindo sobre a sua importância e impacto. Para os riscos considerados "menores" ou "pouco importantes", deveria ser retirado do jogo Jenga, um bloco correspondente, nas fileiras de cima (muito fácil, a torre não vai desmoronar!).
Para os riscos considerados "médios", deveria ser retirado um bloco do jogo Jenga, nas fileiras centrais e, para os riscos "muito grandes" ou "muito importantes", o bloquinho a retirar deveria ser das fileiras de baixo. A dificuldade aumentava e a estabilidade da torre ficava comprometida... O processo começa a ficar fragilizado!
A experiência de decidir sobre a importância e impacto dos riscos e retirar os bloquinhos correspondentes da torre, serviu para ilustrar os outros fatores que integram o conceito de risco: probabilidade e gravidade das consequências. Assim, a abordagem ficou completa:
1. O que pode correr mal?
2. Qual é a probabilidade disto acontecer?
3. E se correr mesmo mal, qual será a gravidade das consequências?
A partir destas questões orientadoras, foi efetuada pelas equipas, a análise qualitativa de cada risco: as causas, a probabilidade, os efeitos, a gravidade das consequências.
Tendo sempre em mente os processos, foram estas as conclusões da sessão:
- Poucos, mas "grandes" riscos (probabilidade e gravidade altas), resultado de muitos blocos terem sido removidos da base do jogo, fazendo desmoronar a torre:
· Temos tantos “grandes” riscos, o processo pode não ser eficiente/eficaz?
· O que está a causar tantos riscos “grandes”?
· Como podemos dar resposta a esta situação para reduzir o perfil de riscos do processo?
- Muitos riscos menores acumulados, fizeram a torre desmoronar:
· Temos tantos "pequenos riscos", que podem fazer com que o processo fique fragilizado e não consiga alcançar os resultados pretendidos?
- Se a torre ainda permanece de pé após o jogo:
· Temos só riscos residuais?
· Podemos melhorar o processo, inovar, acrescentar mais valor?
Bem, posso dizer que a utilização deste jogo pedagógico animou as sessões e foi determinante para a concretização dos objetivos da formação.
Happy risks,
I Love Mondays
Jogo Pedagógico utilizando o tradicional jogo Jenga (composto de 54 blocos de madeira) e adaptado por mim, a partir do jogo "The Risk is in the Blocks!", publicado no site TastyCupcakes.
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